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Materiais Científicos

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Impacto da degradação musculoesquelética nos resultados de câncer e estratégias de gestão na prática clínica -

Impact of musculoskeletal degradation on cancer outcomes and strategies for management in clinical practice

RYAN AM, SULLIVAN ES

 

Introdução

 

Anormalidades musculares são altamente prevalentes em pacientes oncológicos, variando de 10 a 90%. A baixa massa muscular (MM) é uma indicação prognóstica de desfechos desfavoráveis, incluindo: menor tolerância à quimioterapia (QT), deterioração significativa no status de desempenho, da qualidade de vida (QV), piores resultados pós-operatórios e sobrevida reduzida.

 

Tópicos em destaque do artigo

 

  • 2-4% de perda de peso (PP) já prediz a sobrevida independente do local, estágio ou pontuação de desempenho;
  • A PP já tem sido associada à toxicidade grave relacionada à quimioterapia, deterioração no status de desempenho, bem-estar psicológico e QV geral;
  • Alterações no metabolismo dos carboidratos, lipídeos, o aumento da resistência à insulina, a demanda por aminoácidos para sustentar a resposta inflamatória e a positivação da via ubiquitina-proteassoma, aumenta a proteólise e favorece a degradação muscular;
  • O hipermetabolismo do câncer estimula déficits de energia e resulta em PP e de MM . A depender da carga tumoral e do nível de metabolismo anaeróbico, podem ser necessários 100-1400 calorias adicionais/dia;
  • Nem o IMC nem a porcentagem de PP podem capturar mudanças na composição corporal;
  • A perda muscular é a característica fenotípica mais relevante da caquexia do câncer. Identificar aqueles com perda muscular é uma necessidade;
  • A relação entre a sarcopenia, baixa MM e o aumento da toxicidade da QT já é relatada na doença em estágio inicial e tardio, e em quase todos os sítios tumorais;
  • A variabilidade na composição corporal, resulta em toxicidade aumentada por meio de alterações na distribuição, metabolismo e depuração das drogas quimioterápicas;
  • O uso da área de superfície corporal (IMC,) considerando apenas peso e altura para o cálculo da dosagem de drogas quimioterápicas é um problema, pois há grandes divergências na quantidade de MM entre pessoas com um mesmo IMC, resultando em um potencial de sub ou superdosagem, por isso a composição corporal pode levar a mudanças no volume de distribuição de drogas e, afetar adversamente a tolerância de drogas citotóxicas
  • Existe diminuição significativa na sobrevida global em pacientes com sarcopenia em comparação com aqueles sem sarcopenia.
Gráfico 1. Prevalência de sarcopenia em pacientes com câncer
  • A triagem precoce para identificar pacientes com PP, sarcopenia e diminuição da qualidade muscular permite intervenções multimodais preliminares para atenuar alterações adversas na composição corporal;
  • Terapias multimodais são o foco de abordagem para otimizar desfecho;
  • A terapia e intervenção nutricional são estratégias adjuvantes na assistência terapêutica do paciente oncológico.

Referências:  Ryan AM, et.al. Impact of musculoskeletal degradation on cancer outcomes and strategies for management in clinical practice. Proc Nutr Soc. 2021;80(1):73-91. Acesso em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32981540/

 

 

Departamento Médico e Científico | NHS Brasil | Abril 2023

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