A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo 15% do peso corporal.
Cobre quase todo o corpo, com exceção dos orifícios genitais e alimentares, olhos e superfícies mucosas genitais, além de exercer funções importantes, conforme imagem abaixo:
Feridas são deformidades ou soluções de descontinuidade que podem atingir desde estruturas superficiais, como a epiderme, até àquelas profundas, como: músculos, tendões, ossos e órgãos.1
- O processo cicatricial é comum a todas as feridas, independentemente do agente causador;2
- É um processo sistêmico e dinâmico e está diretamente relacionado às condições gerais do organismo;2
- A cicatrização de feridas consiste em perfeita e coordenada cascata de eventos celulares, moleculares e bioquímicos que interagem para que ocorra a reconstituição tecidual.2
Alguns fatores podem prejudicar a cicatrização da pele, tornando o processo mais demorado, podendo causar complicações e prejuízos estéticos e funcionais. Esses fatores são definidos como fatores extrínsecos e sistêmicos, sendo eles: 2
Para um bom desfecho é necessário primeiramente uma boa e completa avaliação, não só da ferida, mas também do paciente.
É importante entender os critérios e métodos de avaliação da melhora da cicatrização, como o estado inicial da
ferida, o processo de acompanhamento da cicatrização e a avaliação de efetividades
do tratamento.
Ferramentas para acompanhamento da cicatrização
Timers
TIME é uma ferramenta focada em gestão, na qual parâmetros específicos e importantes das feridas são avaliados. Quando uma ferida não responde, mesmo quando sua gestão é orientada pelo TIME, outros fatores que têm um impacto nos resultados devem ser reconhecidos.5
O novo painel de consenso recomenda atualizar o TIME para reconhecer esses fatores com a integração de reparo / regeneração (R) e fatores sociais (S).5
Taxa de contração da ferida
A mensuração e redução na área da ferida em quatro semanas é um marcador aceito para a progressão e fechamento da ferida.5
Pesquisas anteriores envolvendo úlceras de membros inferiores demonstraram que uma redução < 40% em quatro semanas para úlceras venosas de perna e < 50% de redução em quatro semanas para úlceras de pé diabético indica que a úlcera é refratária ao plano de tratamento atual.
Referências bibliográficas
1. Geovanini T, Oliveira JRAG, Palermo TCS. Manual de Curativos. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora Corpus, 2007.
2. Campos ACL, et al. Cicatrização de feridas. ABCD. 2007;20(1):51-58.
3. Lavery LA, et al. Risk factors for foot infections in individuals with diabetes. Diabetes Care. 2006;29(6):1288-93.
4. Reinke JM, Sorg H. Wound repair and regeneration. Eur Surg Res 2012;49(1):35-43.
5. Atkin L, et al. Implementing TIMERS: the race against hard-to-heal wounds. J Wound Care. 2019;23(Sup3a):S1-S50.
Série Nestlé - Volume 5
Educação Continuada em Feridas Crônicas com a professora especialista em nutrição enteral e parenteral sobre os fatores que influenciam na melhora e piora na cicatrização de feridas.
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