Neste conteúdo abordaremos:
- 1. A função imune e sua relação com as vitaminas e minerais;
- 2. A importância do zinco para a função imune;
- 3. A importância da vitamina D para a função imune.
A função imune e sua relação com as vitaminas e minerais¹
As vitaminas e minerais têm, em nosso organismo, uma função essencial de decisão na modulação do sistema imunológico.
A carência simples destes compostos orgânicos, causada por má nutrição ou enfermidades, podendo chegar a casos extremos, como na desnutrição, podem causar graves disfunções imunológicas e, consequentemente, aumento na suscetibilidade às mais diversas infecções e enfermidades.
A importância do zinco para a função imune¹
O zinco é fundamental para o funcionamento adequado do metabolismo, necessário para a defesa imune, além da reprodução, diferenciação celular, crescimento, desenvolvimento, reparação tecidual, sendo ainda constituinte de mais de 300 enzimas que participam do metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas e da síntese e degradação dos ácidos nucleicos.
Ele atua como um importante cofator de enzimas responsáveis pela resposta imune inata e adquirida, além de desempenhar papel importante na maturação dos tecidos e células linfoides. A deficiência de zinco pode acarretar neutropenia (redução da contagem de neutrófilos no sangue) e linfocitopenia (condição definida pela contagem de linfócitos abaixo de 1.500/mm³), causando imunossupressão, com graves prejuízos à imunocompetência do organismo.
A importância da vitamina D para a função imune 7
Muito tem sido estudado sobre o papel da vitamina D para o sistema imune, com resposta imunológica contra agentes agressores como os vírus e bactérias, devido ao seu papel imunomodulatório. Em infecção agudas, como por exemplo, as doenças respiratórias causadas pelo vírus da Covid-19, a vitamina D contribui para melhorar as defesas do organismo contra exacerbações causadas pela doença.7
Para tanto, a vitamina D atua nas junções celulares: 7
Estudos apontam para evidências de que a vitamina D apresenta efeitos imunomoduladores sobre as células do sistema imune, principalmente nos linfócitos T e na produção e ação de diversas citocinas. Ao mesmo tempo, a deficiência desta vitamina tem sido relacionada a várias doenças autoimunes, como: diabetes mellitus insulino-dependente, esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal, lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, ressaltando ainda mais a sua importância para o organismo humano.8
A vitamina D contribui para o sistema imune:8
Além disso, a vitamina D é capaz de alterar a microbiota intestinal através do aumento da manutenção da homeostase intestinal e redução da permeabilidade intestinal, trazendo benefícios para o sistema imune. Estudos de intervenção em humanos verificaram que a suplementação com vitamina D conseguiu ajudar a alterar determinadas populações de bactérias benéficas da microbiota intestinal, como a Clostridales e a Lachnobacterium.8
Conclusão
A suplementação nos casos de deficiência de vitamina D e de Zinco, mediante prescrição de um profissional de saúde, é uma estratégia para melhorar as defesas do organismo contra os mais diversos agentes agressores e tipos de infecções e enfermidades. Porém, para que haja uma boa absorção dos nutrientes, é importante que o profissional esteja atento ao preparo do organismo do paciente e principalmente à escolha do suplemento nutricional mais adequado para cada paciente, levando em consideração os critérios de qualidade, pureza, matérias-primas utilizadas, produção e composição.
Referências bibliográficas
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A carência de Zinco e Vitamina D podem causar graves disfunções imunológicas e, consequentemente, aumento na suscetibilidade às mais diversas infecções e enfermidades. Saiba mais sobre a relação destes 2 nutrientes com a imunidade.
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