Neste conteúdo iremos abordar:
- 1. As causas e riscos da desnutrição na terceira idade;
- 2. O impacto da sarcopenia na saúde do idoso;
- 3. A importância das proteínas na nutrição do paciente idoso;
- 4. A importância da Vitamina D.
Com o aumento da expectativa de vida e diminuição das taxas de fecundidade e mortalidade, a população de idosos vem aumentando a cada dia. Porém, conforme a população envelhece, cresce a preocupação com algumas consequências naturais do envelhecimento, como a gradativa desregulação do sistema imunológico, as perdas musculares e as maiores tendências à desnutrição.1,2
Algumas dessas situações são inerentes ao avanço da idade e outras podem ser prevenidas, controladas e até revertidas, por exemplo, a partir de um bom cuidado nutricional para o paciente idoso, sendo um tema especialmente importante em tempos de pandemia de COVID-19.
As causas e riscos da desnutrição na terceira idade
A desnutrição pode ser definida como um estado causado pela falta de um ou mais nutrientes.3
Identifica-se uma lista bastante extensa de possíveis causas da desnutrição, incluindo situações médicas, sociais e psicológicas: 2
Por uma ou mais dessas causas, a desnutrição promove mudanças na composição corporal do paciente, como por exemplo a perda de tecido muscular e diminuição da densidade óssea, agravando ainda mais a tendência natural, inerente ao envelhecimento e a esses processos.2
Vale destacar que a massa muscular tem relação direta com as funções físicas, força e mobilidade, aumentando os riscos, em sua perda ou redução, de doenças como a sarcopenia, por exemplo. Além disso, sabe-se que uma diminuição de apenas 10% de tecido magro em adultos previamente saudáveis já prejudica a imunidade, aumentando o risco de infecções e até mesmo de mortalidade.2
O impactos da sarcopenia na saúde do idoso
A sarcopenia é descrita como uma síndrome geriátrica com perda involuntária de massa muscular, dependente ou proveniente de múltiplas causas, provavelmente interligadas, que interferem no seu desenvolvimento e progressão. 4 Suas causas podem ser: 2
Entre os idosos, onde a sarcopenia está presente, a síndrome contribui para diversos problemas como: 4
- Incapacidade funcional;
- Fragilidade;
- Aumento de risco de queda;
- Redução da qualidade de vida;
- Morte prematura.
Além disso, os efeitos metabólicos da sarcopenia, que incluem uma diminuição na taxa metabólica de repouso e redução na atividade física, podem levar a um aumento da massa gorda, particularmente da gordura visceral.5
A obesidade visceral afeta diretamente o estado inflamatório do organismo, além de causar resistência à insulina e ser um fator de risco importante no desenvolvimento da síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.5
A importância das proteínas na nutrição do paciente idoso
A desnutrição proteico-energética é um problema prevalente em pessoas idosas, sendo uma condição diretamente relacionada ao aumento da morbidade e mortalidade. 6
Assim, síndromes como a sarcopenia e diversas doenças crônicas que afetam os idosos podem ser evitadas ou tratadas com ajustes nutricionais, especialmente melhorando o aporte de proteínas e calorias. 6
A resistência anabólica no idoso
O paciente idoso apresenta redução da resposta anabólica, passando a ser necessária uma quantidade maior de proteínas ingeridas para ser atingida a mesma síntese proteica dos jovens. Mais proteínas também são necessárias para compensar a inflamação e as condições catabólicas, associadas tanto às doenças agudas quanto às crônicas, salvo em casos específicos de pacientes com doenças renais graves.7
Para o idoso sarcopênico, recomenda-se a ingestão diária proteica mínima entre 1,0 a 1,2g/ kg de peso/ dia, com preferência para as proteínas que são digeridas rapidamente (por exemplo, a proteína do soro do leite, ou whey protein), pois essas induzem uma resposta anabólica melhor nas pessoas mais idosas do que as proteínas que são digeridas lentamente (a exemplo da caseína).7
A importância de vitamina D para o paciente idoso
A vitamina D é um dos nutrientes mais importantes para o idoso, pois participa da absorção de cálcio no organismo, influenciando assim na composição e no metabolismo ósseo. Assim, é essencial para manter a estrutura do esqueleto saudável e melhorar a mineralização dos ossos.
Níveis reduzidos de vitamina D estão associados também à diminuição da força e massa muscular, perda óssea, aumento do risco de quedas e fraturas e funcionamento físico deficiente. 7
Vitamina D, Imunidade e COVID-19
Com o crescente interesse pelo tema da imunidade, especialmente com a pandemia da COVID-19, a vitamina D destaca-se por apresentar efeitos imunomoduladores positivos.
Sua interação com o sistema imunológico se dá através da sua ação sobre a regulação e a diferenciação de células como os linfócitos, macrófagos e células natural killer, além de interferir na
produção de citocinas, com consequente ação anti-inflamatória.8
A deficiência de vitamina D tem sido relacionada ainda a várias doenças autoimunes, como: diabetes mellitus insulino-dependente, esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal, lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, apontando para a necessidade de dosar a vitamina D3 25 (OH) e fazer sua reposição quando necessária.8
Saiba mais sobre este tema escutando o Avante Pod Cast Nestlé
Desnutrição, Sarcopenia e COVID-19 no Idoso: Quais os cuidados nutricionais?
Uma entrevista com a Dra. Ana Beatriz Di Tommaso, Médica Geriatra Mestra em Nutrição.
Confira o novo conteúdo de Avante Nestlé sobre:
- 1. As causas e riscos da desnutrição na terceira idade;
- 2. O impacto da sarcopenia na saúde do idoso;
- 3. A importância das proteínas na nutrição do paciente idoso;
- 4. A importância da Vitamina D.
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