Triagem Nutricional 1-4
A triagem nutricional tem como objetivo reconhecer o risco nutricional para que medidas de intervenção nutricional sejam instituídas mais precocemente. Devem ser aplicadas em até 24 horas da admissão do paciente.
Tipos de Triagens
MAN – Mini Avaliação Nutricional Tipos de triagens 5,6
Objetivo: Fazer a triagem nutricional de idosos identificando o risco nutricional e a desnutrição em estágio inicial considerando aspectos físicos e mentais que frequentemente afetam o estado nutricional do idoso, além de aspectos dietéticos, podendo ser preenchida em ambientes comunitários, hospitalares ou de cuidados em longo prazo.
NRS 2002 - Triagem de Risco Nutricional 7
Objetivo: Detecção de desnutrição e do risco de desenvolvê-la durante a internação hospitalar, sendo realizada em duas partes. A segunda parte só deverá ser respondida caso haja alguma resposta positiva na triagem inicial, sendo aplicada por profissionais de saúde da equipe multiprofissional.
ASG - Avaliação Subjetiva Global 8,9
Objetivo: Pode ser utilizada como método de triagem e como parte da avaliação nutricional, sendo dividida em três partes: história do paciente, exame físico e estado nutricional. Deve ser preenchida pelo nutricionista ou profissional treinado da equipe.
ASG-PPP - Avaliação Subjetiva Global Preenchida Pelo Paciente 10
Objetivo: Questionário autoaplicável, dividido em duas partes:
- 1- Preenchida de acordo com a percepção do próprio paciente, considera a perda de peso, alteração da ingestão, sintomas e alterações na capacidade funcional.
- 2 - Preenchida pelo nutricionista, médico ou enfermeiro, considera a avaliação de fatores associados ao diagnóstico e exame físico. Para cada item avaliado, é dado um escore numérico de 0 a 4 para determinação do estado nutricional. Sendo assim, um maior escore irá determinar maior risco de desnutrição.
Avaliação Nutricional 11,13
A Avaliação Nutricional caracteriza-se pelo acompanhamento e verificação da evolução do estado nutricional, auxiliando na recuperação e/ou manutenção do estado nutricional adequado, evitando distúrbios nutricionais. A avaliação antropométrica contempla peso, altura, circunferências e dobras cutâneas e é considerada um dos métodos mais utilizados para verificar as alterações nutricionais que ocorrem frequentemente em pacientes hospitalizados, devendo ser repetida no máximo a cada 10 dias.
Peso 14,21
Altura 22,23
A altura deve ser aferida no dia ou em até 24 horas do atendimento. Ela pode ser estimada, principalmente, de duas formas: altura do joelho ou envergadura dos braços. Caso não seja possível, avaliar a melhor abordagem junto com a equipe de nutrição.
IMC – Índice de Massa Corporal 24-26
O cálculo do IMC é utilizado para avaliar adiposidade e é muito utilizado por sua praticidade e baixo custo. Porém, é importante destacar que este cálculo não considera sexo, idade, etnia, massa muscular e condições clínicas. Portanto, é recomendado associar sempre a outros métodos de avaliação.
- Atual - Peso aferido na balança no dia ou em até 24 horas do atendimento
- Habitual - Referido pelo paciente como sendo o seu peso “normal”
- Ideal - Definido segundo o IMC normal/adequado conforme a altura do paciente
- Ponderal - A perda ponderal (PP%) refere-se à porcentagem de perda de peso tendo como base o peso habitual
- Corrigido - Utilizado para pacientes amputados, considerando o peso antes da amputação e a proporção de peso para o membro amputado
- Seco - Peso descontado de retenção hídrica (edema e ascite)
Circunferência da Cintura e Panturrilha 27-31
Bom indicador de risco cardiovascular e massa muscular no idoso.
A medida da cintura deve ser feita encontrando o ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela flutuante. Homens com circunferência acima de 94 cm, apresentam risco aumentado para doenças cardiovasculares sendo considerado risco muito aumentado acima de 102 cm. Já mulheres, apresentam risco aumentado acima de 80 cm e risco muito aumentado acima de 88 cm.
A medida da panturrilha deve ser realizada na perna esquerda, com fita métrica inelástica, na sua parte mais protuberante sendo considerada adequada acima de 31 cm e classificada como desnutrição/baixa massa muscular abaixo deste valor para ambos os sexos.
Circunferência Muscular do Braço 32,34
A Circunferência Muscular do Braço (CMB) reflete a reserva de tecido muscular sem correção da massa óssea. É obtida a partir dos valores da Circunferência do Braço (CB) e da dobra cutânea tricipital (DCT) e permite identificar se o paciente possui desnutrição grave, moderada, leve ou se está eutrófico.
Dobras Cutâneas 32,34,35
As dobras cutâneas são medidas utilizadas para medir gordura corporal. As mais utilizadas são: tricipital, subescapular, suprailíaca e bicipital.
Composição Corporal 36,38
A composição corporal também reflete um dos critérios importantes para avaliação nutricional, pois permite identificar distúrbios como a sarcopenia.
SARCOPENIA:
É considerada um distúrbio muscular esquelético generalizado e progressivo. Foi reconhecida como uma insuficiência muscular resultante de uma redução de massa muscular associada à redução da força e função desse músculo.
Atrelado à sarcopenia, o paciente pode acabar desenvolvendo disfagia sarcopênica, caracterizada por dificuldade de deglutição devido à perda de massa e função nos músculos de deglutição. Pode ser diagnosticada usando um algoritmo de seis etapas para a condição, podendo levar à desnutrição e à desidratação por inadequação dietética e de consistência dos alimentos, devendo ser acompanhada por equipe multidisciplinar como: médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas e enfermeiros, uma vez que cada profissional contribui de forma interdependente para a melhora do paciente. 45
Conduta Nutricional 1
Através do resultado da avaliação nutricional, é possível traçar condutas individualizadas que possibilitem a recuperação ou manutenção adequada do estado de saúde do indivíduo.
Monitoramento 1
O monitoramento do paciente, através da reavaliação, também é muito importante para acompanhar as respostas do indivíduo às intervenções nutricionais.
Considerações Finais
Na escolha do método de avaliação do estado nutricional que será utilizado na prática clínica é importante considerar:
- A associação de mais de um método e/ou parâmetro para determinar o diagnóstico nutricional;
- Não utilizar o resultado do estado nutricional apenas como diagnóstico, mas também no acompanhamento, comparando-o com resultados anteriores e/ou futuros do paciente.
Acesse o conteúdo complementar sobre o tema e tenha acesso a formulários de triagem, composição corporal, disfagia e tabelas de classificação.
Clique Aqui
Neste conteúdo, serão abordados os tópicos:
1- Triagem Nutricional;
2- Avaliação Nutricional;
3- Conduta Nutricional;
4- Monitoramento.
Leia mais:
Faça o Login ou Cadastre-se para ver todos os conteúdos exclusivos