Neste conteúdo iremos abordar:
- Alimentação e suplementação para praticantes de atividades físicas;
- Suplementos mais usados;
- Os riscos da autossuplementação e uso excessivo de suplementos.
Alimentação e suplementação para praticantes de atividades físicas
O praticante de atividades físicas tem como busca a melhora em sua estética, rendimento nas atividades do dia a dia, mais saúde e disposição. No entanto, muitas vezes esta pessoa entra em contato com promessas e padrões estéticos estereotipados e com características físicas, como um percentual muito baixo de gordura corporal e um maior desenvolvimento dos músculos, muitas vezes irreais para pessoas que praticam exercícios regulares.
Estes objetivos, tanto estéticos quanto de qualidade de vida, podem efetivamente ser atingidos com a ajuda profissional de nutricionistas e educadores físicos. Porém, é muito comum a falta de orientação e informações incorretas que acabam por levar o indivíduo para o caminho contrário ao da sua saúde, com hábitos alimentares incorretos e uso de suplementos com ingredientes inadequados ou em quantidades exageradas para sua individualidade.1
Os suplementos nutricionais devem ser usados com o objetivo de complementar nutrientes que por algum motivo não estejam sendo fornecidos pela alimentação ou conforme necessidades específicas da prática de atividades físicas.1
Assim, um bom plano alimentar com avaliação nutricional adequada, preparado por um profissional de nutrição, conforme as características e necessidades de cada paciente, pode incluir o uso de suplementos de forma equilibrada e sem excessos.1
Suplementos mais usados
Os tipos de suplementos mais utilizados são:
Proteínas
Os preparados à base de proteínas são os suplementos mais consumidos por praticantes de atividades físicas, principalmente as proteínas do soro do leite (whey protein), por seu alto valor nutricional, sendo rico em aminoácidos essenciais e de cadeia ramificada (BCAA), especialmente a leucina, além do cálcio e dos peptídeos bioativos do soro.2
O consumo de proteínas nas doses adequadas, traz benefícios como: 2
- Manutenção do balanço nitrogenado positivo;
- Aumento da síntese proteica muscular;
- Prevenção do catabolismo muscular associado à falta de proteínas;
- Redução da gordura corporal;
- Diminuição da ação dos agentes oxidantes no músculo esquelético;
- Aumento da concentração de insulina plasmática, melhorando a captação de aminoácidos pelas células.
Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, estas doses adequadas de proteínas para praticantes de atividades físicas é de 1,6 a 1,7g/ kg de peso por dia, a depender da individualidade e de modalidade, duração e intensidade dos treinos.3
Ingerir proteínas acima da quantidade adequada pode, por exemplo, causar o aumento na produção de ureia, resultando em cólicas abdominais, diarreia e maior risco de desidratação. Caso esse excesso ocorra sem uma dieta balanceada, que inclua frutas e vegetais, o excesso de proteínas pode piorar a densidade mineral óssea pelo aumento da produção ácida endógena e excreção de sulfato.2
A cada dia cresce o número de praticantes de atividades físicas e, ao mesmo tempo, o número de pessoas que utilizam suplementos sem conhecimento e indicação de um profissional de nutrição. Quais são os riscos para a saúde e como o profissional de saúde pode atuar neste cenário?
A cada dia cresce o número de praticantes de atividades físicas e, ao mesmo tempo, o número de pessoas que utilizam suplementos sem conhecimento e indicação de um profissional de nutrição. Quais são os riscos para a saúde e como o profissional de saúde pode atuar neste cenário?
A cada dia cresce o número de praticantes de atividades físicas e, ao mesmo tempo, o número de pessoas que utilizam suplementos sem conhecimento e indicação de um profissional de nutrição. Quais são os riscos para a saúde e como o profissional de saúde pode atuar neste cenário?
A cada dia cresce o número de praticantes de atividades físicas e, ao mesmo tempo, o número de pessoas que utilizam suplementos sem conhecimento e indicação de um profissional de nutrição. Quais são os riscos para a saúde e como o profissional de saúde pode atuar neste cenário?
Os riscos da autossuplementação e uso excessivo de suplementos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alerta que os riscos da suplementação feita de forma incorreta iniciam-se já em sua aquisição, uma vez que são produzidos em diversos países que possuem regulamentações diferentes daquelas vigentes no Brasil, podendo conter substâncias não permitidas, além de informações enganosas nos rótulos, causando riscos imprevisíveis à saúde dos usuários.6
Além disso, a falta de conteúdos e as informações errôneas ou incompletas sobre suplementos nutricionais, têm levado muitos praticantes de atividades físicas a utilizarem suplementos sem a orientação do profissional de nutrição, na maioria das vezes por sua própria escolha ou pela prescrição de amigos e profissionais não habilitados em nutrição esportiva. Os principais erros são:7
Ao serem consumidos em excesso, alguns ingredientes presentes nos suplementos podem levar à sobrecarga em órgãos como o fígado e os rins, muitas vezes de forma silenciosa e gradual, podendo levar o organismo a doenças ou até mesmo à falência desses órgãos.7
Assim, podemos concluir que a participação do profissional de nutrição é essencial, não apenas para prescrever os suplementos e quantidades adequadas, mas para promover a educação dos praticantes de atividades físicas sobre os suplementos, minimizando riscos e potencializando os bons resultados da suplementação nutricional para melhor performance, saúde e qualidade de vida.7
Referências bibliográficas
1. Moreira FP, Rodrigues KL. Conhecimento nutricional e suplementação alimentar por praticantes de exercícios físicos. Rev Bras Med Esporte. 2014;20(5):370-3.
2. Alves C, Lima RV. Uso de suplementos alimentares por adolescentes. J Pediatr (Rio J). 2009;85(4):287-94.
3. Menon D, dos Santos JS. Consumo de proteína por praticantes de musculação que objetivam hipertrofia muscular. Rev Bras Med Esporte. 2012;18(1):8-12.
4. Santos CS, Nascimento FEL. Consumo isolado de aminoácidos de cadeia ramificada e síntese de proteína muscular em humanos: uma revisão bioquímica. Einstein (São Paulo). 2019;17(3):1-5.
5. Da Silva LC. Terapêutica antioxidante ortomolecular como estratégia para uma saúde equilibrada. Brazilian Journal of Health Review. 2021;4(4):16370-92.
6. Cava TA, et al. Consumo excessivo de suplementos nutricionais entre profissionais atuantes em academias de ginástica de Pelotas, Rio Grande do Sul. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017;26(1):99-108.
7. Da Silva ACG, Rodrigues Junior OM. Riscos e benefícios no uso de suplementos nutricionais na atividade física. Brazilian Journal of Development. 2020;6(12):96770-84.
8. Hospital Sírio Libanês. O perigo dos suplementos alimentares. Revista VIVER #05 2014.
A cada dia cresce o número de praticantes de atividades físicas e, ao mesmo tempo, o número de pessoas que utilizam suplementos sem conhecimento e indicação de um profissional de nutrição. Quais são os riscos para a saúde e como o profissional de saúde pode atuar neste cenário?
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